Reviravolta chocante: a mídia estatal chinesa relata as dificuldades econômicas da Hungria!

Viver na Hungria como estrangeiro pode ser emocionante e desafiador. Além das cidades históricas, da vibrante vida cultural e das comunidades acolhedoras, também é importante estar ciente da realidade econômica que aguarda quem reside aqui. O ambiente de vida no país mudou significativamente nos últimos anos, principalmente em termos de inflação, preços dos alimentos e poder de compra. Recentemente, a emissora estatal chinesa CGTN produziu uma reportagem surpreendentemente crítica sobre a situação econômica na Hungria.
Quando uma estação de televisão estatal chinesa destaca as dificuldades que a economia húngara enfrenta, isso por si só merece atenção — especialmente tendo em conta que a actual liderança húngara mantém uma relação muito boa com Pequim, e que CGTN é controlada pelo Partido Comunista Chinês.
Este não é o tipo de mídia que costuma criticar seus próprios tomadores de decisão ou governos aliados, o que torna particularmente impressionante a divulgação de um relatório com uma redação relativamente dura sobre as dificuldades da vida cotidiana na Hungria. O que foi dito no relatório não se destinava apenas ao público chinês — também pode apresentar um panorama realista para estrangeiros que vivem na Hungria e buscam se orientar no cenário econômico do país.
A perspectiva das famílias: preços em alta em todo lugar
Uma das vozes centrais no relatório é uma mãe húngara de três filhos, cujas palavras são simples, mas impactantes: em apenas dois anos, seus gastos mensais com alimentação dobraram. Esta é uma realidade compartilhada por muitas famílias em toda a Hungria hoje. Cada vez mais, as pessoas são forçadas a contar cada forint antes de ir às compras. O preço dos alimentos básicos aumentou tão drasticamente que não apenas itens de luxo, mas também necessidades diárias se tornaram inacessíveis para muitos.

O relatório revela que a Hungria tem atualmente uma das maiores taxas de inflação da União Europeia, situando-se em 5.7%. A alta dos preços dos alimentos é ainda mais drástica, com o custo dos produtos básicos aumentando cerca de 80% nos últimos dois anos. Isso afeta não apenas as famílias de baixa renda, mas também a classe média. Cada vez menos pessoas conseguem arcar com o padrão de vida que antes consideravam garantido.
Inflação ou estagnação?
O ex-governador do banco central e respeitado economista Ákos Péter Bod também destacou no relatório que a Hungria enfrenta um duplo desafio econômico: não só a inflação está alta, mas o crescimento econômico está praticamente estagnado. Esta é uma combinação particularmente perigosa. Quando os preços continuam a subir enquanto a economia não se expande, o poder de compra das pessoas diminui drasticamente e suas perspectivas se tornam cada vez mais sombrias.
O relatório observa ainda que as medidas de congelamento de preços do governo húngaro — originalmente introduzidas para conter a inflação — não surtiram o efeito desejado. De acordo com 444.huOs críticos argumentam que essas intervenções não só não resolvem o problema subjacente, como também criam novos problemas. Uma dessas consequências é a redução da oferta, levando à escassez nas prateleiras das lojas, principalmente nas menores. Além disso, as pequenas empresas também são prejudicadas por essas restrições, o que pode ameaçar sua viabilidade a longo prazo.

A frase final do relatório chinês é apropriada e reveladora: “Com o aumento dos preços dos alimentos, muitas famílias húngaras se perguntam: por quanto tempo mais poderão pagar por isso?” Esta pergunta não é meramente retórica — faz parte da realidade cotidiana. Com um ambiente econômico incerto e respostas governamentais ineficazes, muitas pessoas sentem que seu futuro se tornou imprevisível.
Se você é estrangeiro e mora na Hungria ou planeja se mudar para cá, é essencial estar ciente dessas circunstâncias. Em muitos aspectos, a vida aqui continua segura e culturalmente enriquecedora, mas os custos diários e a incerteza econômica estão se tornando cada vez mais desafiadores. Em muitos lugares, as contas de moradia, alimentação e energia se aproximam dos níveis da Europa Ocidental, enquanto os salários muitas vezes não acompanham o ritmo.
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