O governador do banco nacional húngaro ataca o governo húngaro de forma sem precedentes – ATUALIZADO

György Matolcsy, Governador do Banco Nacional da Hungria (NBH), enviou uma mensagem dura ao governo húngaro.

Na quinta-feira, foi realizado o evento BSE Legek 2023, onde György Matolcsy, Presidente do Magyar Nemzeti Bank, foi o primeiro orador.

De acordo com o Governador, a Hungria precisa de um ambiente de política económica que não só exija, mas também possibilite o sucesso. De acordo com a avaliação de György Matolcsy, o governo fez uma grande reviravolta na política económica a partir de meados de 2021 e rompeu com a política económica da década de 2010, portfolio.hu escreve.

“A inflação devora o crescimento, a inflação é alimentada por défices fiscais e a dívida pública é alimentada pela política económica e pelos défices fiscais. A situação macroeconómica de um país não pode ser significativamente diferente do seu nível de produtividade e nível de competitividade”, disse Matolcsy.

Plano do governo húngaro de “ataque” ao banco central independente

De acordo com o governador do banco central, é necessário passar de uma política económica orientada para o consumo para uma política económica orientada para o investimento. “As decisões do governo são um ataque secreto e velado à independência do banco central. O que o governo planeia fazer agora com a lei do banco central seria um grande ataque à independência do banco central”, disse o Governador do NBH.

Matolcsy disse que era doloroso que um antigo colega estivesse a liderar os ataques contra eles. Ele disse que a série de ataques contra eles durante 30 meses estava errada. Ele sugeriu que as inovações da década deveriam ser introduzidas na Hungria, incluindo as propostas da Câmara Federal Austríaca.

ATUALIZAÇÃO: Ministro das Finanças Varga: Governo respeita a independência do banco central

O objetivo do governo é fortalecer a transparência do Banco Nacional da Hungria e garantir a sua operação frugal, respeitando ao mesmo tempo a independência do banco central, disse o ministro das Finanças, Mihály Varga, no Facebook na quinta-feira, de acordo com o MTI.

Para conseguir isto, o Ministério das Finanças, em consulta com o Banco Central Europeu, está a considerar alargar os poderes do conselho de supervisão do banco central a atividades externas às tarefas principais do banco.

A proposta confirmada pelo BCE alargaria os poderes do conselho de supervisão para cobrir outras atividades do banco central, como a aprovação de decisões económicas acima de um determinado limite de valor, bem como reforçaria a obrigação de fornecer informações e relatórios, disse Varga.

Entretanto, o primeiro-ministro também sublinhou a importância da independência do banco central, dizendo que era “sagrada e inviolável”, segundo uma declaração do chefe de imprensa do primeiro-ministro.

O governo ainda não discutiu a alteração da lei relativa às competências do conselho fiscal do banco, acrescenta o comunicado.

Leia também:

Fonte: MTI

um comentário

  1. Que riso contínuo – isto continua a DESTACAR as enormes FALHAS do Ministro das Finanças do Governo Orban – Mihaly Varga.
    Envergonhados e envergonhados – JUSTAMENTE pelas suas políticas contra-assinadas por Victor Orban – eles entregaram-nos a este agravamento do DESASTRE – posição/lugar económico e financeiro na Hungria.

Deixa um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios são marcados com *