ÚLTIMAS NOTÍCIAS – Hungria abandona o Tribunal Penal Internacional, aqui está a decisão do parlamento, ATUALIZADO: Ministro da Fazenda Szijjártó

O Parlamento húngaro, no qual o Fidesz do primeiro-ministro Orbán tem uma maioria qualificada, decidiu deixar o Tribunal Penal Internacional porque ele se tornou recentemente um órgão político.
Hungria não é mais membro do Tribunal Penal Internacional
134 deputados do Fidesz-KDNP votado pela saída, com 37 votos contra e 7 abstenções na votação matinal de hoje. O projeto de lei em questão foi apresentado por Zsolt Semjén, vice-primeiro-ministro da Hungria e presidente do KDNP, o Partido Democrata Cristão da Hungria.

O governo húngaro decidiu deixar o órgão em abril, depois que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu visitou Budapeste.
O TPI tornou-se um órgão político, afirmou o governo húngaro
A ICC “Costumava ser uma iniciativa respeitável, mas recentemente parece ter se tornado um órgão político”, disse Gergely Gulyás, ministro do Gabinete do Primeiro-Ministro. Ele acrescentou então que “apresentar acusações contra o chefe de governo israelense, Benjamin Netanyahu, foi o exemplo mais triste”. “O governo húngaro considera tudo isso inaceitável e decidiu não continuar participando das atividades do TPI”, concluiu Gulyás.
Gulyás disse que as autoridades húngaras não prenderam Netanyahu em abril em Budapeste porque o Parlamento húngaro nunca “proclamou os estatutos do TPI, portanto o documento não se tornou parte da lei húngara”.
Mais tarde, o Ministro da Fazenda Szijjártó disse que “o TPI reduziu o sistema judicial internacional a uma instituição politicamente motivada com esta decisão, e nós, húngaros, não desejamos fazer parte de um sistema judicial politicamente motivado”.
ATUALIZAÇÃO: FM Szijjártó fala sobre ações absurdas da ICC
Em votação realizada na terça-feira, os parlamentares aprovaram a saída da Hungria do Tribunal Penal Internacional (TPI), observou o Ministro das Relações Exteriores, acrescentando que o governo informará em breve o Secretário-Geral das Nações Unidas sobre a decisão. Péter Szijjártó afirmou que as operações do TPI geraram polêmica na política internacional nas últimas semanas, referindo-se às "ações absurdas" do tribunal, como "a emissão de um mandado contra líderes mortos do Hamas".
O tribunal, disse Szijjártó, tentou "contrabalançar a decisão politicamente inaceitável de incluir o primeiro-ministro israelense na lista". "Obviamente, o tribunal se tornou não apenas pouco sério, mas também um órgão politicamente motivado, e é inaceitável para nós que um tribunal seja motivado por política", disse Szijjártó, insistindo que "a Hungria não tem lugar nessa organização". Szijjártó afirmou que, assim que a decisão entrar em vigor e o projeto de lei for assinado pelo presidente e promulgado, ele enviará imediatamente uma nota ao Secretário-Geral da ONU.
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